Afinal, por que o Grau I é tão difícil?




Breve Introdução

Para a completa compreensão desse artigo, é necessário ler este primeiro.

Resumidamente, o Grau I do livro Magia Prática: O Caminho do Adepto exige, para avançar para o Grau II, que o praticante consiga: observar, sem interrupção, os pensamentos por 10 minutos, se concentrar em uma ideia/objeto mentalmente por 10 minutos, e se manter um vácuo mental (ausência de pensamentos) por 10 minutos. Classificar numa tabela, com duas colunas, com no mínimo 100 aspectos negativos (defeitos) da personalidade e positivos (qualidades). Além de fazer exercícios físicos básicos diariamente. 

Por que é difícil e por quê este treinamento é necessário?

Todos nós já passamos por um pensamento, intuição ou ideia que, ou não seguimos e o resultado não é positivo, ou ignoramos porque não ficou muito claro: uma inspiração para escrever um texto poético ou não, um aviso mental que surge como um insight que nos levou ao sucesso ou a evitar o fracasso. Mas qual a origem desta ação? Por que é fraca? Ou até mesmo por que não consigo acessá-la? 

Todas as notas mentais que trazem com elas uma grande compreensão, um estado ser repentino e envolvente, a clareza para tomar uma decisão importante: surgem nos corpos superiores. Exemplo, suponhamos que a Alma precise enviar uma mensagem para o espírito encarnado, a mensagem terá que passar por todos os corpos inferiores ao corpo atímico, para chegar ao corpo físico. 


Mas não somos seres perfeitos, equilibrados e com a mente afiada e em constante receptividade cultivada pelo vácuo mental, não. Somos seres com a mente em constante turbulência com centenas, senão milhares de pensamentos diários, que na maioria causam estresse, confusão, frustação e tristeza, nos impedindo de pensar com objetividade. Nossas emoções são rasas e como os pensamentos, confusas e instáveis, nos impedindo de sentir com clareza, resultando em ruídos emocionais e mentais que formam verdadeiras barreiras contra a mensagem divina. 


Adicionalmente, no corpo físico há a barreira criada naturalmente pelo cérebro reptiliano ou Complexo-R, nesta região que fica localizado o ego.


Todas as reações de agressividade com toda a gama de violência implícita, decorre do cérebro reptiliano. É por isso que é tão fácil criar uma guerra. Toda vez que a pessoa age sem pensar, na verdade está pensando apenas com o cérebro reptiliano. O cérebro reptiliano adora controlar tudo que for possível. Nenhuma variável pode ser deixada de lado. Somente o controle absoluto interessa e é perseguido a todo custo. Isso é uma coisa compulsiva e infinita. Não passa pela cabeça dele que exista algo como Teoria do Caos, que impede o controle absoluto. Da mesma forma o Princípio da Incerteza é um pesadelo para o Complexo-R. Toda compulsão vem da necessidade de controlar, possuir, dominar tudo e todos. Essa necessidade nunca é satisfeita, porque o medo de não ter o suficiente é inato ao cérebro reptiliano. Portanto, nunca é suficiente. No fim, a mensagem Divina que saiu pura e viva da Alma, chega ao corpo físico também nublada pelo ego, a mensagem se transforma em um símbolo em sonhos, uma sensação repentina ou um insight, mas ainda sim limitada, não exatamente clara:


Este é o desafio que o Grau I propõe e o Grau II completa: aumentar a sintonização com os corpos superiores, facilitando a conexão direta com o Divino. É por este motivo também, que o Grau I e a transmutação do caráter é um trabalho para o resto da vida. Ao firmar o seu treinamento, você está dizendo que irá nadar contra e dissolver todas as nuvens negras que nublam a mente e o coração. 

Irá enfraquecer o ego através dos atos conscientes do exercício de concentração constante, qual é dito que devemos, por exemplo, ao estudar, ignorar e lutar contra todos os pensamentos que não sejam sobre estudar: estar consciente no presente, porque quando estamos no presente, gerindo conscientemente o que estamos fazendo, seja a tarefa mais trivial, passamos a usar menos o ego, que é o responsável pela automatização das tarefas: ser e agir de modo automático. Temos que deixar de sermos robôs, para sermos verdadeiramente seres humanos.

Bem-vindo ao Grau I,
L.A. 


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